Caminhei. Parei. Voltei.
O vento fustigava
O meu rosto; condenei
O vapor que nevava.
Reconsiderei. Virei.
Retomei o caminho.
Desta vez não hesitei,
Só descansei no cimo.
A paisagem sublime
Valera o empenho
De subir o declive.
Enregelava. Vim-me
Embora. Que desenho!
Que magnifico filme!
Monday, 22 October 2007
Inverno
A chuva não parava.
Caía, persistente.
Eu, já desesperava,
Tolhia-me a mente!
Pela fresta, olhava
O bosque resistente
Ao vento e à chuva,
Fitando-os de frente.
Queria o céu azul,
Mais o sol soalheiro,
E uma brisa de sul.
Demorei a ter isso.
Sempre o aguaceiro!
Por fim, desfrutei disso.
Caía, persistente.
Eu, já desesperava,
Tolhia-me a mente!
Pela fresta, olhava
O bosque resistente
Ao vento e à chuva,
Fitando-os de frente.
Queria o céu azul,
Mais o sol soalheiro,
E uma brisa de sul.
Demorei a ter isso.
Sempre o aguaceiro!
Por fim, desfrutei disso.
Conduzir
O carro passou sem parar,
Na sua marcha triunfal,
Parecendo querer voar,
Calculando ser imortal!
De nada serviu o sinal
Que o forçava a deter,
Sabia que fazia mal,
Todavia, fingiu não ver.
Por demasiadas vezes
Conduzimos com desleixe,
Ignorando os Portugueses
Que são vitimas, em feixe.
Chamar às nossas estradas:
- Enorme cemitério!
Sim, muitas vidas tiradas...
Não se age a sério!
Amiúde, o asfalto
É o carrasco malvado,
Que abate sem compaixão
Famílias, como gado!
Não sofre só o culpado,
Nesta guerra indecente,
Pois, também é apanhado,
Por vezes, o inocente.
Temos que tentar dominar
A excessiva abstracção;
Conter a pressa de chegar,
Conduzindo com precaução.
Quando vamos ao volante
Empunhamos uma arma,
Que para obstar que mate,
Necessitamos ter calma.
Na sua marcha triunfal,
Parecendo querer voar,
Calculando ser imortal!
De nada serviu o sinal
Que o forçava a deter,
Sabia que fazia mal,
Todavia, fingiu não ver.
Por demasiadas vezes
Conduzimos com desleixe,
Ignorando os Portugueses
Que são vitimas, em feixe.
Chamar às nossas estradas:
- Enorme cemitério!
Sim, muitas vidas tiradas...
Não se age a sério!
Amiúde, o asfalto
É o carrasco malvado,
Que abate sem compaixão
Famílias, como gado!
Não sofre só o culpado,
Nesta guerra indecente,
Pois, também é apanhado,
Por vezes, o inocente.
Temos que tentar dominar
A excessiva abstracção;
Conter a pressa de chegar,
Conduzindo com precaução.
Quando vamos ao volante
Empunhamos uma arma,
Que para obstar que mate,
Necessitamos ter calma.
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