Saturday, 5 May 2007

Sociedade I

É bom viver em sociedade,
Sentimo-nos mais protegidos,
Começamos desde tenra idade,
A ter amigos, a ser unidos.

Em pequenos aprendemos
As regras e leis a seguir,
Mesmo se nos debatemos,
Não há muito por onde fugir.

Ela está construída
De uma forma organizada,
Facilitando-nos a vida,
Dando-nos tudo... ou nada!

Quem segue outros caminhos,
E não cumpre todas as leis,
É excluído e tem destinos,
Que, muitas vezes, são cruéis!

Não existe complacência
Com a fraqueza ou infortúnio,
Quem revela carência,
A sociedade pune-o!

Compete-nos a cada um
Escolher o melhor caminho,
Ser um indivíduo comum,
Ou então, seguir sozinho.

Se uma situação é má,
A outra é, claramente, pior,
Mais vale suportar o que há,
Porque é difícil haver melhor.

Temos um preço a pagar;
A sociedade é implacável!
Tornamo-nos um vulcão vulgar,
Mas somos um ser sociável!

Saturday, 3 March 2007

Vulgaridades

Estive a ler poemas de Pessoa...
E se eu começasse a escrever
Alguma coisa, nem que fosse à toa,
Algo com que me entreter?

É este o meu primeiro poema.
Confesso que me sinto bem
A escrever, mesmo sem tema
Ou sentimentos profundos também.

Eu, que procuro a minha vocação,
Que tarda em se revelar,
Seria bom ter uma profissão
Que me desse prazer, sem a procurar!

Porque escrever o que sentimos,
É bom, e faz-nos sentir bem,
É partilhar algo com vizinhos,
Ou com alguém que nos quer bem.

Não tenho ambição
De ser poeta ou escritor,
Apenas falar com o coração,
Ou com a razão, mas sem dor.

Sim, porque os grandes poetas,
Têm sempre a dor presente.
Eu, não falo de coisas concretas,
Trato os temas vagamente.

Quero apenas proporcionar
Bons momentos aos leitores,
Sem ser preciso raciocinar,
Ou pedir ajuda a professores.

A arte está em todos nós,
Não tem dono nem matriz,
Consiste apenas em darmos voz,
Ao nosso interior, como eu fiz.