Saturday 5 May 2007

Sociedade II

É muita a pressão
Para se ser normal,
Ás vezes, em vão,
Tudo acaba mal.

Há quem não resista
A tanto condicionalismo,
Por mais que insista,
Encontra sempre o abismo.

Afinal, O que é ser normal?
Não será sermos nós próprios?
Isso seria o mais natural,
E não uma cópia de vários.

Ao moldarmos as nossas mentes,
Deixamos de ser autênticos,
Passamos a estar carentes,
Falta-nos o excesso, o caótico.

Para a sociedade ouvir a nossa voz,
Há inúmeros sacrifícios a suportar,
Abdicamos de um pouco de nós,
Mas ela continua a prosperar.

E é sempre esta luta diária,
Levantar cedo e deitar tarde,
À espera que esta vida precária
Melhore, e achemos a felicidade!

Nunca estamos satisfeitos,
Somos difíceis de contentar,
E perante tais defeitos,
Só nos resta aguentar.

Há que tentar encontrar
O equilíbrio perfeito,
Temos que continuar a lutar,
Pois não há outro jeito.

2 comments:

Bichodeconta said...

António exactamente o que pergunto a mim própria!! Quem são os anormais? Nós , certamente se alguem assim se pode classificar... Voce escreve com o coração.. Continue.. Um abraço, vinha em busca de mais.. Voltarei... Ell

Linda Simões said...

Antonio,amo poesia...Mas a poesia não é pra qualquer um...Escrevo algumas,mas não tenho aquela magia pura dos verdadeiros poetas...

Um abraço!!